Blogue | 2 mai 2022

A SERRA E OS SEUS ENCANTOS

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2 mai 2022

A SERRA E OS SEUS ENCANTOS

O Algarve não é apenas conhecido pelas suas praias, mas também pela sua aguardente de medronho produzida em Monchique. Apesar de ser famoso pela sua aguardente ou até mesmo pela melosa, o interior algarvio, também é um bom sítio para a observação de aves. 

Tem-se o caso da Serra de Espinhaço de Cão onde se pode estar em contacto com a natureza e ao mesmo tempo a observar as diversificadas espécies de aves.

Apesar de a Serra de Monchique ser considerada a mais alta no Algarve, não é a mais extensa, sendo assim superada pela Serra do Caldeirão que abrange 5 concelhos e por onde passa a mítica estrada nacional 2.

Outro local de grande importância, é a Rocha da Pena, local pelo qual passam as nossas tours.

Serra de Monchique

Situada perto do mar, a Serra de Monchique é a mais alta serra algarvia e possui um clima subtropical húmido, tornando a serra num lugar cheio de vida, de tal modo que é apelidada de “Jardim do Algarve”, tendo uma vegetação variada desde o carvalho de Monchique e a adelfeira, como também algumas espécies raras, por exemplo, o castanheiro, o carvalho cerquinho ou até mesmo o carvalho roble. E ainda é lugar de medronheiros que nascem por toda a serra, sendo usados para a  produção de aguardente, ou de melosa.

O seu ponto mais alto é chamado de Fóia (902 m de altitude), sendo o melhor lugar onde é possível ver o Oceano Atlântico, principalmente em dias em que não haja nevoeiro.

Apesar das maravilhas naturais que a Serra de Monchique dá, o que mais atrai quem visita esta serra são as termas criadas durante o Império Romano, pois há quem diga que elas possuem efeitos medicinais.

Serra de Espinhaço de Cão

A Serra de Espinhaço de Cão, é a mais pequena das três serras algarvias, não ultrapassando os 297 metros de altitude, sendo um lugar com uma diversidade de aves enorme, tanto no inverno, como na primavera.

Devido à serra possuir uma enorme diversidade de aves, é muitas vezes escolhida para a realização de atividades, como por exemplo o Birdwatching.

Serra do Caldeirão

A Serra do Caldeirão é a maior cordilheira algarvia, sendo que é por esta serra que é delimitada a fronteira entre o Algarve e o Baixo Alentejo. 

A serra possui uma paisagem única, dado que os seus cerros são cortados pela densa rede hidrográfica, tendo na maior parte das vezes cursos de água temporários.

Apesar do seu relevo acidentado é um bom lugar para a realização de atividades mais radicais e de aventura, como por exemplo a realização de percursos em moto 4, e é por esta serra que passa a mítica estrada nacional 2.

A sua vegetação é influenciada pelas variações climáticas, sendo que nas zonas mais ocidentais da serra a árvore predominante é o sobreiro e nas zonas mais próximas ao vale do Guadiana é a azinheira que predomina.

Nos terrenos agrícolas da serra as árvores predominantes de sequeiro são a amendoeira, a alfarrobeira e a oliveira. Em relação às árvores de fruto, as predominantes são a laranjeira e a nespereira. Apesar dos diversos tipos de árvores, é de referir que foi povo árabe que introduziu a amendoeira e a laranjeira.

Rocha da Pena

A Rocha da Pena (479 m altitude) situada perto da Serra do Caldeirão, denomina-se por ser uma das elevações do Barrocal Algarvio. Esta está localizada no concelho de Loulé, mais concretamente nas freguesias de Salir e Benafim.  

Contém uma cornija calcária com cerca de 50 metros de altura e o planalto onde está presente tem aproximadamente 2 km de comprimento. A erosão da água sobre o calcário deu origem a formações cársicas como, por exemplo, a gruta do Algar dos Mouros. Reza a lenda que esta gruta terá sido local de refúgio de mouros após a conquista de Salir pelas tropas de D. Paio Peres Correia.

A sua importância a nível geológico, arqueológico, ambiental e paisagístico, levou a  Rocha da Pena a ter o estatuto de Paisagem Protegida Local.

Uma das riquezas da Paisagem Protegida é a grande diversidade da fauna e da flora. Possuindo assim mais de 500 espécies (Flora), sendo estas endémicas, medicinais e aromáticas, por exemplo, a alfarrobeira, o zambujeiro, a azinheira, a doronicum tournefortii, a narcissus calcicola e a bellevalia hackelii.

Em termos da fauna, a Rocha da Pena apresenta cerca de 122 espécies, sendo a maioria residentes, mas também é possível encontrar aves migratórias, invernantes, nidificadoras e estivais, como por exemplo, o grifo, a águia-calçada, águia de Bonelli, o buteo-comum, o bufo-real, o gavião, o ógea e o abutre-do-Egipto.

A nível dos mamíferos, os que se destacam são o coelho bravo, o javali, a raposa, a gineta, o saca-rabos, o morcego-de-peluche e o morcego-rato-pequeno, estando estes dois últimos em vias de extinção.

Se é uma pessoa que gosta de fugir à confusão das cidades, venha à descoberta das maravilhas naturais que o interior do Algarve lhe oferece…

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